quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A falência das instituições e a reforma Política

por  Laerte Braga
Comentário decorrente da postagem:
http://conscienciapoliticarazaosocial.blogspot.com/2011/02/quando-um-juiz-pede-ajuda-um-estado-nao.html
A falência do Judiciário no Brasil se revela de cara na presença de dois ministros corrupotos notórios na chamada corte suprema. Gilmar Mendes e César Peluso. O acordo firmado pelo presidente do STJ, aquele que deu chilique na fila do banco... e demitiu um funcionário por conta de sua "privacidade", o acordo firmado por ele e o Banco Mundial dando preferência nas decisões à garantia da propriedade privada (evitando a reforma agrária entre outras) e ao mercado, é escandalosa demonstração de submissão a uma ordem econômica desumana e sombria, o neoliberalismo.
Vivemos numa democracia onde o fator econômico prepondera sobre o político, que é o ponto de partida de qualquer democracia em qualquer lugar do mundo que se pretenda democrata. Ou seja, no frigir dos ovos não vivemos em democracia alguma, ...mas num arremedo que foi permitido pela ditadura militar. A constituição não foi elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte, mas um congresso nacional constituinte, tutelado pelos militares, ou seja, com limites que preservassem a barbárie que foi a ditadura, mantivesse impunes os criminosos da ditadura. Somos uma colcha de retalhos.


O governo Lula abriu portas para que saíssemos do berço esplêndido e ganhássemos estatura de nação protagonista na América Latina e no mundo inteiro. O governo Dilma começa a se mostrar subserviente, a permitir a volta da ordem antiga de nação subalterna. Prevalecem os interesses das elites econômicas.
Num momento que deveria ser de avanço estamos começando a vier um retrocesso. Chico Buarque de Holanda já havia dito que a "história não é carroça abandonada à beira da estrada". Não é não. À frente, o tempo histórico é diverso do tempo cro...nológico, vamos enfrentar dilemas semelhantes ao do Egito, Líbia, independente de termos ou não presidentes eleitos, pois, à exceção de Lula (ao qual tenho reservas), todos os demais desde Sarney foram e são submissos aos interesses da economia, logo das elites (banqueiros, latifundiários e grande empresários).

Vivemos uma época de destruição ambiental, de destruição do ser humano em sua essência (querem exemplo melhor que o BBB, um bordel na casa de cada um de nós?).

A corrrupção está entranhada nas instituições e a instituição policial é apenas o reflexo disso. A certeza da impunidade. Correm risco de vida os juízes íntegros, os cidadãos íntegros.

Não tenho dúvida em dizer que não há legitimidade no Parlamento, a despeito de deputados e senadores íntegros, capazes, mas no todo, é um sino de madeira, fala para dentro e ignora o povo, não ribomba, não repercute para fora. Um clube de amigo e inimigos cordiais.

Se não tivermos consciência que a luta para alcançarmos a democracia real passa pelas ruas, passa por mudanças profundas nas estruturas e não reformas paliativas, com certeza vamos naufragar e sair do naufrágio vai custar muito caro, falo de vidas humanas, de integridade e totalidade do ser.

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