Postagem Dag Vulpi 06/05/2011
Uma das origens da corrupção no Brasil está na falta de uma reforma política, eleitoral e partidária de vergonha e em curto prazo.
Se para aprová-la for necessário contrariar as vontades de alguns, que se contrarie. Seria um bom exemplo ÉTICO. Nunca as fórmulas fajutas de “etapas” futuras, jogar o lixo para debaixo do tapete e transferi-la para 10, quinze anos na frente. Isto significa manter o status quo e beneficiar-se dele o mais possível, sempre adiando a necessária cirurgia.
Alguns teóricos defendem que quanto mais eleições, melhor para o aprimoramento DEMOCRÁTICO. O princípio pode até ser verdadeiro nas nações desenvolvidas. Naqueles países – como o nosso – onde a sobrevivência dos miseráveis depende de favores e esmolas, a intensificação das eleições significa incentivar o FISIOLOGISMO, com financiamentos ou ajudas suspeitas por “debaixo do pano”. Em última análise, uma eleição atrás da outra, como ocorre atualmente, é o estímulo legal à corrupção, em todos os níveis.
Contribuem eventuais comportamentos individuais, porém o peso maior está na forma como se fazem as eleições no Brasil.
A Justiça Eleitoral aqui e acolá salva as aparências. Mas ela não faz a lei. Aplica e interpreta.
Lamentavelmente, o Congresso Nacional historicamente tem se omitido, quando colocada em pauta a reforma política. A sua intenção não encontra eco no plenário, salvo para sabotar o que signifique mudar RADICALMENTE o quadro eleitoral brasileiro. O Governo, às vezes acena com apoio, porém banca o “estadista” para evitar desgaste na chamada “base aliada”. Aliás, a responsabilidade da reforma política é do Congresso Nacional.
Na conjuntura atual, tudo começa na hora do voto. Até o eleitor de boa fé corre o risco de ser induzido em erro. O horário gratuito, ao invés de usado para debates de idéias e propostas transforma-se, regra geral, em “propaganda enganosa” de marketing milionário. O trabalho criminoso de “cabos eleitorais”, alimentados a peso de ouro, torna as eleições fanfarrices animadas pelo esbanjamento do dinheiro sujo e prestígio oficial.
A “competência” parlamentar é medida, exclusivamente, pelo número de convênios liberados. Nunca pelo exercício RESPONSÁVEL do mandato. O mecanismo legal que rege partido e eleições não incentiva a criatividade e nem sequer ameaça punir as práticas do “toma lá me dá cá”.
Para ganhar a eleição, o mais usual é discutir, previamente, se tem dinheiro, ou se não tem dinheiro para gastar.
Como poderá existir reforma política, se os partidos não forem DEMOCRATIZADOS para o combate ao “aluguel” de legendas e estímulo ao debate e aperfeiçoamento dos programas partidários?
Como existirá reforma política, se continuar a reeleição com os pré- candidatos enfatiotados de líderes, já começando a distribuir benesses à luz do meio dia?
Como existirá reforma política, se qualquer início de conversa de alguém que deseje ingressar na vida pública começa sempre pela pergunta: “quanto tem para gastar?”. Que possibilidade de renovação poderá existir – não de pessoas – mas de práticas políticas?
As regras vigentes premiam a “esperteza”. Claro que isto não inclui todos os membros da classe política. Mas as exceções estão imobilizadas para fazer a faxina necessária.
2012 está chegando com as eleições municipais. O que de concreto está sendo feito para mudar esse cenário catastrófico? Absolutamente nada de estável e profundo. Tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes. Os mesmos métodos. Os mesmos processos. Parece existir consenso para não mudar coisa nenhuma.
Alguns teóricos defendem que quanto mais eleições, melhor para o aprimoramento DEMOCRÁTICO. O princípio pode até ser verdadeiro nas nações desenvolvidas. Naqueles países – como o nosso – onde a sobrevivência dos miseráveis depende de favores e esmolas, a intensificação das eleições significa incentivar o FISIOLOGISMO, com financiamentos ou ajudas suspeitas por “debaixo do pano”. Em última análise, uma eleição atrás da outra, como ocorre atualmente, é o estímulo legal à corrupção, em todos os níveis.
Contribuem eventuais comportamentos individuais, porém o peso maior está na forma como se fazem as eleições no Brasil.
A Justiça Eleitoral aqui e acolá salva as aparências. Mas ela não faz a lei. Aplica e interpreta.
Lamentavelmente, o Congresso Nacional historicamente tem se omitido, quando colocada em pauta a reforma política. A sua intenção não encontra eco no plenário, salvo para sabotar o que signifique mudar RADICALMENTE o quadro eleitoral brasileiro. O Governo, às vezes acena com apoio, porém banca o “estadista” para evitar desgaste na chamada “base aliada”. Aliás, a responsabilidade da reforma política é do Congresso Nacional.
Na conjuntura atual, tudo começa na hora do voto. Até o eleitor de boa fé corre o risco de ser induzido em erro. O horário gratuito, ao invés de usado para debates de idéias e propostas transforma-se, regra geral, em “propaganda enganosa” de marketing milionário. O trabalho criminoso de “cabos eleitorais”, alimentados a peso de ouro, torna as eleições fanfarrices animadas pelo esbanjamento do dinheiro sujo e prestígio oficial.
A “competência” parlamentar é medida, exclusivamente, pelo número de convênios liberados. Nunca pelo exercício RESPONSÁVEL do mandato. O mecanismo legal que rege partido e eleições não incentiva a criatividade e nem sequer ameaça punir as práticas do “toma lá me dá cá”.
Para ganhar a eleição, o mais usual é discutir, previamente, se tem dinheiro, ou se não tem dinheiro para gastar.
Como poderá existir reforma política, se os partidos não forem DEMOCRATIZADOS para o combate ao “aluguel” de legendas e estímulo ao debate e aperfeiçoamento dos programas partidários?
Como existirá reforma política, se continuar a reeleição com os pré- candidatos enfatiotados de líderes, já começando a distribuir benesses à luz do meio dia?
Como existirá reforma política, se qualquer início de conversa de alguém que deseje ingressar na vida pública começa sempre pela pergunta: “quanto tem para gastar?”. Que possibilidade de renovação poderá existir – não de pessoas – mas de práticas políticas?
As regras vigentes premiam a “esperteza”. Claro que isto não inclui todos os membros da classe política. Mas as exceções estão imobilizadas para fazer a faxina necessária.
2012 está chegando com as eleições municipais. O que de concreto está sendo feito para mudar esse cenário catastrófico? Absolutamente nada de estável e profundo. Tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes. Os mesmos métodos. Os mesmos processos. Parece existir consenso para não mudar coisa nenhuma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário