Dilma não irá 'retroceder nas conquistas do povo brasileiro', disse Iriny Lopes.
Ela foi indagada sobre a reforma ministerial, prevista para janeiro.
A ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, afirmou nesta segunda-feira (12) que não há no governo qualquer "discussão" sobre uma eventual incorporação de sua pasta à Secretaria de Direitos Humanos. Em entrevista à imprensa sobre a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, ela foi questionada sobre a possibilidade de a secretaria perder o status de ministério, dentro da reforma ministerial, prevista para janeiro de 2012."A presidenta Dilma já disse diversas vezes que não tem interesse em retroceder nas conquistas do provo brasileiro e a secretaria é uma conquista do povo brasileiro. Não há nenhuma discussão sobre isso no entender do governo. Eu até fico curiosa de saber de onde surge isso", afirmou.
Durante a entrevista, Iriny Lopes defendeu a criação de um programa nacional voltado para a inserção das mulheres na cadeia produtiva e à redução das desigualdades de gênero no mercado de trabalho. Ela afirmou que o tema seria debatido na conferência, que tem início na noite desta segunda.
"Queremos um programa nacional em que conste investimentos na área da capacitação profissional, financiamento de iniciativas coletivas ou individuais na economia e da cadeia produtiva onde a mulher seja protagonista do processo. Queremos nível de capacitação não apenas voltado à produção, mas também voltado a mostrar como se comercializa, com acompanhamento de todo o processo de cuidado com os recursos", disse.
Violência doméstica
Iriny Lopes anunciou nesta terça (12) que será publicada no Diário Oficial da União a compra de 50 automóveis que serão usados como unidades móveis de atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. As unidades foram anunciadas pela presidente Dilma Rousseff neste ano durante a Marcha das Margaridas.
A ministra afirmou que também serão debatidas na conferência formas de reforçar as ações atualmente existentes de combate à violência contra as mulheres. Segundo ela, é preciso hierarquizar as ações do Plano Nacional de Enfrentamento Contra as Mulheres, criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"No geral, o plano é bom. Onde errou é não ter uma hierarquia. [...] Por isso estamos empenhados em ter foco e hierarquia para que a Conferência tenha instrumento mais efetivo para auferir o cumprimento do plano", disse.
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