domingo, 13 de maio de 2012

Por Dag Vulpi
Vítima de tentativa de estupro praticado por parlamentar capixaba envolvido com a máfia dos sanguessugas depõe em CPMI.

Em seu depoimento na CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito –, que esteve em Vitória para tomar conhecimento de casos de violência contra a mulher, contou o inferno que está vivendo devido às ameaças sofridas por ela, e as pressões que vem sofrendo junto com sua família.
Segundo Débora, o autor das ameaças é o deputado estadual Gildevan Fernandes (PV/ES), que foi acusado na CPMI de violência contra a mulher de tentativa de estupro contra ela. Ela conta ainda que, após o acontecido, o deputado – que é reincidente – falou o seguinte – “se você denunciar azar o seu, quem vai ficar falada é você”.
Gildevan pertence a uma igreja Presbiteriana, a mesma da vítima, da qual, inclusive, seu pai é um dos pastores e também estaria se sentindo pressionado pelo deputado.
Não se deixando intimidar pelas ameaças do parlamentar, Débora Cardoso publicou uma carta no grupo Consciência Política Razão Social na rede social facebook, obtendo pleno apoio dos membros do grupo, fato que motivou Débora a enviar também uma cópia da carta à imprensa. Na carta Débora acusa o deputado estadual Gildevan Fernandes (PV/ES) de tentativa de estupro. Débora descreve que foi assediada pelo parlamentar durante uma carona que recebera dele quando retornava de Boa Esperança. No carro só estavam eles dois, e o deputado teria se insinuado sexualmente e feito várias perguntas maliciosas. Ela havia passado por uma cirurgia de lipoaspiração há 15 dias e, por recomendação médica, usava uma cinta abdominal, acessório que, segundo a vítima, pode ter ajudado a evitar a consumação do estupro. 
Gildevam também está envolvido com a máfia dos sanguessugas (confira aqui) (ambulâncias superfaturadas no esquema do senador evangélico Magno Malta), e é parceiro político de Jorge Donati (PSDB), prefeito de Conceição da Barra, que foi indiciado como mandante do assassinato da própria esposa, a empresária Cláudia Soneghete Donati, 28 anos, e da empregada doméstica Mauricéia Rodrigues Donato, 20 anos. As duas foram mortas há nove anos dentro da mansão em que moravam na Ilha do Frade, em Vitória.
Como “vemos” a ficha do parlamentar é comprometedora, e no curso da audiência da CPMI a Comissão de Mulheres do Espírito Santo foi clara e incisiva a partir de suas integrantes – “esta assembléia tem um deputado acusado de crime sexual”.

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