Cibele Inácio |
Boa noite pessoas.
Considerando o grande número de pessoas aqui no grupo Consciência Política Razão Social, interessadas por política, gostaria de saber a opinião de vocês sobre a política de cotas.
raciais
nas universidades públicas brasileiras, que tem por objetivo amenizar
desigualdades sociais, econômicas e educacionais entre raças. A decisão por
unanimidade tem dividido opiniões já que vivemos num país onde, segundo o IBGE,
43% da população se declara preta e quase 7 % parda.
E você? Concorda com o sistema de cotas? Qual é a sua opinião a respeito? O que você quer saber? Opine, questione, compartilhe..
E você? Concorda com o sistema de cotas? Qual é a sua opinião a respeito? O que você quer saber? Opine, questione, compartilhe..
Obs.: As cinco
categorias de classificação do IBGE são: branca, preta, parda, amarela e
indígena.
Vocês concordam com esse sistema? Qual é a opinião de vocês a respeito? Têm dúvidas? Opinem, questionem, compartilhem...
Vocês concordam com esse sistema? Qual é a opinião de vocês a respeito? Têm dúvidas? Opinem, questionem, compartilhem...
Politique-se!
Obrigada!
Debate no fórum do grupo no facebook
Ralf Rickli Acredito
que, para qualquer pessoa tanto informada quanto ética, o mecanismo de
cotas, como ação ainda que levemente compensatória por um dos crimes
mais longos e bárbaros da história da humanidade, seja tão obviamente o
mínimo que se pode fazer, que só se possa estar satisfeitíssimo com o
fato de que foi implantado e confirmado, sem nem sonhar em querer perder
tempo reabrindo discussão sobre sua validade. Ou melhor: pode valer a
pena discutir se for pra ir dele para medidas ainda mais fortes. Para
retroceder... pffff!
Paulo Pacheco Oi Cibele Inácio,
boa noite.Escrevi sobre esse assunto aqui outro dia. Penso que o
sistema de cotas raciais é injusto por que separa pessoas não pela sua
condição e sim pela cor de pele. No Brasil com a miscigenação da qual
somos filhos, definir quem é negro, pardo ou branco, é muito difícil,
senão impossível. Penso que pobres negros ou brancos, são carentes de
ajuda do Estado. Pelar lei proposta, o filho do Pelé tem vantagens em
relação ao filho de sua cozinheira, se ele for branca. É idiotice
separar as pessoas por cor de pele (acho o conceito de "raça" muito
idiota). O correto, é haver um sistema que iguale os cidadãos,
indiferente de cor de pela. Ah, sou filho de negro. Você acha que sou
negro?
Dagmar Vulpi Concordo com você, meu amigo Paulo Pacheco.
Não que eu seja contra as cotas raciais especificamente, na verdade eu
sou contra qualquer tipo de segregação. O correto a meu ver seria a
criação de cotas sociais, onde seriam privilegiados todos os menos
favorecidos, independente da cor da sua pele.
Paulo Pacheco Veja, meu amigo Dagmar Vulpi,
a gente acha que toda uma juventude é alienada e uma moça jovem e
bonita nos propõe um debate político tão válido e importante. Fico muito
feliz de ver u questionamento desses aqui. Indiferente da opinião da Cibele Inácio, ver jovens debatendo temas importantes é sensacional.
Dagmar Vulpi Isso é maravilhoso Paulo, nos permite até a sonhar com um futuro melhor. E não é só a Cibele Inácio
não, felizmente há varios jovens nas redes socias e também fora delas,
interessados no coletivo social, com visões amplas e direcionadas de
forma a alcançar soluções para o bem comum. Assim como você Paulo, eu
também fico muito feliz ao perceber que a juventude alienada não é uma
regra, e que existe uma possibilidade concreta de um futuro melhor.
Parabéns Cibele, e que seu exemplo contagie os demais.
Cibele Inácio Muito obrigada pela contribuição de vocês através dos comentários!
São muito importantes para o meu trabalho e também para o meu crescimento pessoal. Discussões engrandecem...
Vocês conheceram o Politique-se! www.facebook.com/ politiquese?
É o meu trabalho de conclusão de curso, que se trata de um site onde
pretendemos levantar questões sobre assuntos políticos e tratá-los de
forma clara e descontraída para que o jovem se interesse, opine e
questione. Vamos tentar levar a informação até ele, respondendo a todas
as perguntas que ele fizer. É um grande desafio, como disse o Dagmar Vulpi,
já que, infelizmente, temos uma visão de que o jovem de hoje é
alienado. Mas não podemos simplesmente cruzar os braços, precisamos
fazer a nossa parte!
Cibele Inácio Muito obrigada pela contribuição de vocês através dos comentários!
São muito importantes para o meu trabalho e também para o meu crescimento pessoal. Discussões engrandecem...
Vocês conheceram o Politique-se! www.facebook.com/
Paulo Pacheco Fico feliz que que você tenha esse interesse, Cibele Inácio, temos bons debates políticos aqui. Pessoas de várias ideologias. Por exemplo: Rui Rodrigues, Elenir Cericatto, Raquel Santana, Fernanda Tardin, Ricardo Khon, dentre outros. Se quiser um bom debate, convide todo esse pessoal pro seu trabalho.
Fernanda Tardin Obrigada Paulo Pacheco, abraços. Sou favoravel a reparação do
massacre histórico e da inclusao social. Sou a favor das cotas por um
tempo determinado ou até que uma geração inteira tenha acesso igual a
educação, saúde, moradia, cultura, alimentação.Fatores que influenciam
diretamente causando distancias grandes entrte o negro de escola pública
(nem todos são negros em escola pública, mas a maioria se enquadra
nosrequisitos paraser beneficiado com a cota).
E que fique claro....a
educação publica precisa avançar MUITO, MUITO, mas não só a educaçãoque
influencia este distanciamento entre alunos de escola particular e
alunos de escola públicas afro descendentes. INCLUSAO SOCIAL Já. bj
Afonso Corrêa Temo
que esta medida, muito em breve transformar-se-á num "tiro que saiu
pela culatra" para os futuros Governantes. Está provado que o Brasil já
não possui maioria "branca" como outrora. E a tendência é que a
quantidade de "brancos", em apenas uma geração, tenda a diminuir
consideravelmente. E quando isto, efetivamente, vier a acontecer, será
que poderemos esperar que os brasileiros de pele "branca" continuem
sendo prejudicados, ou melhor, que os brasileiros de pele "branca"
possam vir a perder uma Vaga em uma Universidade para alguém que obteve
MENOR pontuação que a dele nos exames vestibulares, apenas porque este
outro alguém possui outra cor na sua pele? Creio que os investimentos
que o Governo deveria fazer é na EDUCAÇÃO COMO UM TODO, melhorando
consideravelmente a Estrutura de Ensino, principalmente o Ensino
Público, de maneira a oferecer A TODOS (brancos e não brancos)
oportunidades iguais. Isto sim poderia resolver a maioria de nossos
problemas.
Mônica Simões As
cotas é uma necessidade emergencial de reparação ao dano social, moral,
econômico e cultural sofrido pelo negro desde o Brasil colônia. Essa
fala que ser cotista por cor discrimina ainda mais o já tão discriminado
é letra morta, balela, visto sempre o terem sido. E já que sempre o
foram, que essa discriminação se faça para incluir. Com a Política de
Cotas, somente em 2028 há a garantia de inclusão social do negro e, sem a
política de cotas, esse quadro somente seria possível em 2053... tempo
pra burro né??? Economizamos aí quase 30 anos, vejam só!!!Alguns
'intelectuais', a elite e a mídia conturbam e confundem tão sacanamente o
entendimento do processo que fazem-nos acreditar, e até mesmo o negro,
que ele está sendo segregado pelas cotas. E são eficazes, pois inclusive
a população negra no nosso país absorve como verdade essa opinião e
sentem-se envergonhados de serem cotistas. Prá frente Brasil, Sim ao
negro e às cotas e um viva ao nosso STF!
Paulo Pacheco Olha, Mônica Simões,
creio que um sistema de cotas seja importante. O que questiono é que
essas cotas sejam vinculadas à cor da pele, algo extremamente difícil de
ser definido e não na condição social. Penso que negro rico é tão rico
quanto um branco rico e branco pobre é tão carente quanto um negro
pobre. Acho que falar de "raça" é preconceito de qualquer ângulo que se
fale. Faço pra você a mesma pergunta que fiz par outras pessoas: sou
filho de negro com branca. Sou negro? A mãe das minhas filhas é loura de
olhos azuis, minhas filhas são negras?
Fernanda Tardin mas as cotas não estão vinculada a cor da pele e sim a ETNIA, afrodescendentes ( Negros e pardos).
Mônica Simões Nossa Paulo... essa discussão é longa...
Rui Rodrigues Imagine
que tenhamos força suficiente para exigir do governo que crie escolas e
universidades públicas em quantidade suficiente de forma a que os
vestibulares se processem para qualificar e não restringir o acesso por
falta de vagas... Cotas para quê?.... Mas como isto não existe, são
necessárias as cotas porque a riqueza que permite o estudo se concentra
em população branca - lamento informar, mas é verdade (embora isto não
se admita) ... Precisamos também de cotas para acesso à riqueza... Mas
isto mesmo é que vai ser difícil de admitir....
Mônica Simões Na
verdade as cotas com mais de um século existentes no Brasil são para os
filhos da elite que estudaram todo o ensino médio nas escolas
particulares. Cota pra negro veio tarde demais.
O Paulo Pacheco
tem razão no questionamento, mas não é simples assim conseguir ser
beneficiado pelas cotas tanto racial quanto social. Há o cruzamento de
dados socioeconômico, ensino médio em escola pública e renda familiar,
pois tem um teto financeiro permitido, senão o cara não pode ser
cotista. Algumas faculdades que aderiram ao sistema de cotas raciais
pedem uma declaração de próprio punho afirmando que o aluno tem a cor
negra, anexando fotos e realizando entrevistas com os candiidatos para
validar a matrícula, sob pena de ser processado caso os dados sejam
falsos. Para deficientes, normalmente pede-se registro médico que
comprovar a limitação e para índios, uma declaração da FUNAI. São muitas
as exigências para validar o processo e evitar fraudes. As cotas
raciais, sociais, o PROUNI são políticas públicas para resgatar alguns
dos muitos direitos constitucionais que nos foram e são negados.
Dagmar Vulpi Segundo
me consta o governo federal resolveu fazer das cotas uma espécie de
justiça social, já que o negro no Brasil tem poucas oportunidades de
trabalho e estudo, e isso é verdade, basta olhar para uma sala de aula
em qualquer faculdade, os negros são a minoria. O governo ainda rotulou
os alunos negros como descendentes dos escravos (correto), e rotulou os
alunos brancos, mesmo os pobres, como descendentes dos donos de
escravos, e por isso tinham que ser "punidos", tendo menos vagas nas
universidades para que os descendentes dos escravos, enfim, depois de
510 anos pudessem ter as oportunidades que seus antepassados não
tiveram.
Eu gostaria que no Brasil nos
tivéssemos um ensino básico de qualidade, um ensino fundamental que
estimulasse os alunos a estudarem, e um ensino médio que preparasse os
alunos ou para o mercado de trabalho ou para a universidade, acho que se
as coisas fossem assim não precisaríamos discutir cotas, mas como nosso
pais não tem educação pública de qualidade, EU SOU A FAVOR DAS COTAS,
MAS NÃO AS COTAS PARA NEGROS, E SIM COTAS PARA ALUNOS POBRES, SEJAM ELES
BRANCOS, NEGROS, PARDOS OU INDÍGENAS.
O governo diz que com as
cotas ele irá fazer uma revolução na educação. Revolução? Como dizem no
interior, isso é conversa pra boi durmir. Como um governo faz uma
revolução na educação sem gastar 1 centavo em melhorias no setor? E como
o governo rotula alunos brancos pobres como vilões, como responsáveis
pelos absurdos cometidos contra os negros nesse país a mais de 500 anos?
Meus Deus, se nós queremos um país igual para todos, não podemos
prejudicar uns para beneficiar outros. Os negros tem sim direito a
universidade, claro, já está na hora desse país tomar vergonha na cara e
admitir que é racista, e tem que ter penas mais severas para essa
escória da sociedade que são as pessoas preconceituosas, mas os alunos
brancos, que moram lá na comunidade, lá na roça, lá na mata, também tem
direito a universidade, então por que não haver cotas para alunos
carentes, independente da cor da pele?
Mônica Simões Concordo contigo Dagmar Vulpi! Vai longe de se fazer no Brasil
uma revolução educacional, com o quase nada de investimentos no setor.
Não sei dessa rotulação do governo 'sobre alunos brancos, pobres, como
descendentes dos donos de escravos'. Já houve o entendimento que não
haveria êxito acadêmico para as minorias sem política pública social. O
Prouni desde 2005 vem formando em faculdades particulares os estudantes
pobres da rede pública. Ainda não é o melhor, mas sou otimista porque
desde que nossas faculdades e universidades foram aqui implantadas e os
'iluminados' não precisaram mais irem estudar na Europa ou EUA, somente
eles pisaram os chãos acadêmicos do Brasil, onde não pisavam os pobres,
fossem negros ou indígenas... E hoje essa parcela da população mesmo que
timidamente já tem visibilidade dentro desses espaços. É o que por
enquanto está posto e é um ganho, companheiro! Temos é que nos unir,
cobrar, exigir políticas de acesso mais amplas.
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