terça-feira, 14 de agosto de 2012

Estados Unidos cada vez mais pobre


Patrik Paust  Enquanto Barack Obama e Mitt Romney procuram a estratégia adequada para assegurar a maioria de votos da classe média dos Estados Unidos, um setor cresce com a passagem dos anos e com a crise econômica: o dos pobres. De acordo com um recente estudo da agência AP, o número de estadunidenses que vivem na pobreza, ou em consequências ainda mais precárias, é o mais alto desde 1964, quando Lyndon Johnson era o presidente daquela nação.

Os bancos de alimentos de todo o país reportam cifras recordes em demanda. Na localidade de Webster Spring, quase 9 mil pessoas vivem exclusivamente de caridade. Nesta região dos Estados Unidos, durante o 2011, duas minas de carvão foram fechadas. O rendimento médio de cada habitante é de 20 mil dólares anuais. No entanto, a crise econômica também afeta os lugares menos esperados.

Em Washington, o principal banco de alimentos da capital espera doar aproximadamente 15 milhões de alimentos às 700 mil pessoas que estão em risco de passar fome e desnutrição.

- "Até agora, nunca tinha visto algo similar", diz Lynn Brantley, dirigente do Capital Area Food Bank, que também afirma que a crise alimentícia está começado a afetar à classe média.

- "A pobreza agora também passou da população branca para os negros e latinos", diz Angela Blackwell, dirigente de PolicyLink. - "Isso fez a diferença, também, porque quando as pessoas pensavam na pobreza como sendo formada de brancos e idosos havia muito mais simpatia geral no país e mais compromisso de fazer algo em relação a isso", agora há uma percepção comum de que alguém que é pobre ou vive abaixo do nível de pobreza é um vadio ou que simplesmente vive de esmolas do governo. 

Estima-se que a percentagem de estadunidenses que vivem na pobreza aumentará em 15,7% durante 2012, o mais alto nos últimos 50 anos.

Talvez não seja agora, já que possivelmente os estadunidenses hão de desencavar uma guerra em algum canto do mundo para pagar suas contas. Mas a história, um dia, vai sim se repetir: aconteceu com Roma, vai acontecer com os EUA. Os impérios sempre ruem.

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