quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Consciência Política é Razão Social - Relatório da Polícia Federal sobre o “Mensalão do PSDB”



Fernando Claro Dias
EXCLUSIVO: Relatório da Polícia Federal sobre o “Mensalão do PSDB”

Espedito Freitas Só R$ 100 milhões é muito pouco! Tem coisa muito maior... O Brasil está contaminado pelo pior câncer da história chamado "Assalto lesa pátria"!

Paulo Filho A única forma de acabar com esses assalto é promover um reforma política acabando com o financiamento privado de campanhas eleitorais.

Marcos Rebello Acontece que o Financiamento Público de Campanha vem vinculado às Listas Fechadas de candidatos! Isso é o maior retrocesso político dos últimos tempos. A proposta atual para iniciar é de vincular apenas os vereadores nas Listas Fechadas.

Paulo Filho É isso que a elite conservadora prega, mas na verdade evitaria aventureiros e politiqueiros descompromissados com as propostas sociais e de interesse do país. Um boa forma de começar de fato a acabarem com a corrupção.

Marcos Rebello Não é o partido que faz o individuo, mas o individuo é quem faz o partido. O sujeito pode filiar-se a qualquer partido, e hoje em dia ele TEM QUE filiar-se, para engolir ideologia e para candidatar-se sem ser necessário probidade de comportamento exceto acatar a cacicagem, mas na prática ele fará exatamente como manda o seu carater. Não é a toa que partido encobre os maiores roubos e trambicagens. Com as Listas Fechadas o político ficará completamente impune porque o coletivo, a sigla, o encobrirá - como já encobre hoje quase totalmente. Ou seja, NINGUEM se responsabilizará sobre coisa alguma em um sistema de Listas Fechadas e não haverá como checar nem cobrar. E tudo com Financiamento Público! Resultado, encontraram a fórmula PERFEITA.
E não caia na lorota de que é a elite conservadora a culpada. Porque alem do sistema já exigir que os políticos, através dos partidos, negociem os acordos econômicos, a proposta das Listas Fechadas apenas acelera o processo de fechamento e definitiva ruptura com a sociedade. E partiu de que lado do espectro político no Brasil? Não foi da esquerda toda comprometida com o social? Outra lorota é o fubá da democracia intra-partidária!

Por outro lado, o que significa um sistema político controlado por um grupo que nomeia dos seus para conduzir a política? Representação democrática? Faz-me rir. Agora, olhemos para o sistema econômico-financeiro que está se desenhando nos EUA e na UE e como ele está conduzindo o sistema político. Com toda a honestidade intelectual, existe a possibilidade de uma democracia nestes parâmetros? Em hipótese alguma. Hoje já é um desastre. Basta observarmos a maneira como o FED e o BCE se servem e são servidos pelos maiores bancos que por sua vez são as casas de investimentos que compram os títulos dos governos em dívidas que superam seus PIBs. 

Pergunta-se: Um estado com um sistema político ainda mais fechado em Listas de candidatos, indivíduos cada vez mais apartados da sociedade, partidos que usam de ideologias para ludibriar as massas, cooptados por uma midia venal e interessada em apenas lucros, estes candidatos escolhidos dentro de associações partidárias, quem acredita em democracia? Alguém com algum senso da realidade pode acreditar que existe e haverá democracia? 

A democracia representativa está nos seus últimos suspiros porque NÃO REPRESENTA! O estado democrático de direito está nos seus últimos momentos de sanidade, porque os partidos políticos estão TOMADOS por interesses econômicos empresariais. Daqui para frente teremos um estado cada vez mais fascista, porque controlador, devido ao que está se configurando nos países em crise e diante das propostas que estão sendo acudidas nos países em desenvolvimento, como se fossem escapar do tsunami.

Somando e subtraindo - A multipolaridade global, a formação de blocos geoeconomicos bem como o BRICS, não significa uma contra-proposta politica para o estado e sociedades. Em termos de trazer mais democracia não ocorrerá. Com muito custo social trará apenas mais consumo. E mais consumo não implica necessariamente diversidade industrial, porque a verticalização das cadeias produtivas se afunilaram com a crise em poucas mega-empresas que controlam a classe política. 

Neste quadro o fator preponderante é a exigência por uma maneira de acomodar o sistema financeiro hiper concentrado sendo facilitado pela interdependência global. Na política e na economia nada é por acaso.

Realmente um desastre por acontecer em termos de democracia.
Não sei porque não retiraram essa minha ultima postagem.

Paulo Filho Repetindo alguém defendo até o fim o seu direito de pensar desta forma, porém não concordo.

Marco Lisboa Lista fechada é voltar aos tempos da República Velha. Seria dar todo o poder aos Costa Netto, aos Sarney, aos grandes caciques. Qualquer candidatura popular morreria na fonte.

Paulo Filho Se é para fazer uma reforma, tem que ser feito de forma diferente com novos conteúdos e não repeti os mesmo erros.
Uma forma de lista fechada com uma legislação diferente é possível ou não é?.

Marco Lisboa A lista fechada, em si, já é desastrosa. Todo mundo sabe como são as convenções partidárias. Os caciques têm dinheiro para filiar, para levar e trazer os militantes, é um mecanismo completamente viciado. Em Minas, Newton Cardoso costumava reservar todas as vagas nos hotéis de Belo Horizonte. Qualquer delegado do interior, para se hospedar dependia dele. Sem falar, nas vadias que eram contratadas para receber os convencionais em Brasília. É um jogo muito sujo e muito pesado e não há legislação que o coíba. Só mudará com a evolução de nossa consciência política e para isso é essencial garantir o espaço para as candidaturas populares.

Paulo Filho Pois não é muito diferente da legislação atual com financiamento privado de campanhas, só ganha eleições quem tem um grande poder aquisitivo e goza da confiança das corporações empresariais. E o mecanismo hoje por acaso é menos viciado?

Marco Lisboa É viciado, mas permite que candidaturas mais populares se infiltrem nas brechas do sistema. É menos pior. Candidatos com base nos movimentos de bairro, ou com bases sindicais e ou com uma militância de esquerda conseguem se candidatar, porque somam votos para a legenda. Os caciques são pragmáticos, não se importam com ideologia. Se um candidato de esquerda tiver muitos votos, sem querer, estará dando votos para a legenda e poderá garantir a eleição de um bando de picaretas. Por isso conseguem espaço. Com a lista fechada, qual seria a motivação para incluir esses candidatos? Como esses apelariam para a militância, que quer elegê-los e não um monte de picaretas? Já pensou um candidato de esquerda, estando em vigésimo lugar na lista e pedindo votos para elegê-lo sendo que existem 19 corruptos na sua frente?

Raul Ferreira Bártholo As vezes sonhar e vislumbrar utopia ajuda. Desde a exigencia de voto ser qualidade de alfabetizado, será conseqüência ser essa a fonte de informação direta entre candidato e eleitor. Pronto. Simples assim.
Nada de comunicação oral-visual por outros meios de comunicação. Apenas corresponderia ao voto o enunciado da tese (escrita) disposta à leitura obrigatória. Bastaria o voto ser livre. E que o eleitor fosse capaz de ler diante da mesa os textos dos candidatos e depois (secretamente) se dirigisse a cabine para escolher - tese governamental.
Bastião Bento, quem acabou de descer de outro planeta pergunta: "uai... porque não pode ser assim?"
Ah, sim... por outros meios de comunicação prosseguiriam os debates em torno dos destinos da nação... assistido de modo livre e permanente por todo interessado em depois votar. Quem fosse candidato... que também escrevesse....
Voto livre e facultativo... Bastião Bento acabou de por os pés na Terra.

Marco Lisboa Reformas políticas têm de partir da realidade de nossos usos e costumes. Para mim, se ficar do jeito que está, será menos pior. Primeiro vem a evolução da consciência política, depois vêm as reformas para se adequar a legislação à essa evolução. Toda engenharia artificial é perigosa, porque deixa nas mãos dos poderosos a sua aplicação. As forças populares conseguiram se adaptar a essa legislação, com todas as suas imperfeições. No nosso atual quadro político é melhor seguir aquele conselho de Dom João VI: se você não sabe o que fazer, não faça nada.
Há outra questão crucial, quem vai votar a reforma são os atuais deputados e senadores, futuros beneficiários das mudanças que aprovarão. Sendo o parlamento o que é, o que é de se esperar de uma reforma dessas? Uma saída seria uma nova emenda popular, isso se o povão se interessasse pelo tema. Coisa para daqui uns anos, se começássemos agora.

Marcos Rebello O problema no pensamento político atualmente é a REDUNDANCIA. Isto pode ser visto em todos os níveis inclusive na própria sociedade em sua percepção do possível. O processo mental gira em círculos e a tendência nas mudanças, como nas da crise atual, éum "retrocesso modernizado". Perceberam a contradição? Ou seja, é a calculada manobra ao resolver problemas fingindo que está-se dando um passo para frente dando dois para trás para concentrar poderes. 

O resultado, invariavelmente, confere mais poderes a uma classe que sabe-se politicamente ter a tendencia de distanciar-se cada vez mais da sociedade e, conseqüentemente, da representatividade. Chamam a isso de "avanço das instituições democráticas", "progresso da democracia". Isso ocorre por que? Porque a percepção geral é a de que qualquer mudança é sinal de avanço. Mas por que isso? Porque a inércia deixa a impressão de continuidade da corrupção. E desde que o "contrato social" reza que os eleitos representam, o que eles decidem é interpretado como avanço no sistema. 

Ocorre que o subconsciente percebe a manobra, mas o consciente coletivo não tem as ferramentas para articular a insatisfação de forma coerente, e sempre erra na medida ou na proposta. Essa impressão da sociedade de algo errado sem poder consertar acontece porque já sofre desde muito de falta de participação no processo e excesso de ideologias. Afinal não é de hoje que se diz que "o povo é um detalhe". Hoje ele permanece um detalhe e está sendo submetido a uma enorme pressão política, econômica e financeira. O resultado será menos representatividade, menos direitos civis, menos mobilidade social e maiores pressões em todos os sentidos. Basta observarmos o que está ocorrendo nos EUA e na União Européia. Na periferia não deverá ocorrer menos pior.

A única saída é Democracia Direta. Mas como, se a sociedade ainda não sabe como controlar seu destino por falta de prática em democracia direta? O processo de aprendizagem é lento, da mesma maneira como autonomia de um individuo significa responsabilidade pelo seu presente e futuro. Para tal, a sociedade precisa criar espaço político para si mesma. E isso só ocorrerá às custas do espaço político dos que hoje a deveriam estar representando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário