sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ELLES já sabem: não tem mais como correr é REFORMA COM PARTICIPAÇÃO POPULAR

Dagmar Vulpi
Para Antônio Carlos Valadares, que integra a Comissão da Reforma Política do Senado, a ser instalada no próximo dia 22, a criação de uma frente mista com participação popular também terá o mérito de levar ao conhecimento da sociedade um tem...a complexo.

- Se não fizermos mobilização, só os grandes partidos vão ganhar - disse Valadares, que também sugeriu a elaboração de um anteprojeto sobre a reforma política pela frente, como forma de consubstanciar as propostas a serem discutidas com a sociedade.

Para Vanessa Grazziotin, que defende o voto em lista, a frente mista será fundamental para ouvir a sociedade e aprimorar a democracia. Em sua avaliação, a reforma política deveria priorizar de imediato o programa dos partidos e promover alterações no critério de suplência dos senadores. A senadora também sugere a criação de uma comissão extrapartidária para a discussão da reforma política.

Para Randolfe Rodrigues, a criação de uma frente mista poderá "trazer as ruas" para dentro do Congresso Nacional. "Nosso fórum tem que ser esse aqui", afirmou o senador, ressaltando que as concepções dos partidos menores não são maioria nas comissões temáticas permanentes. Para ampliar ainda mais o debate sobre a reforma política, o senador também sugeriu a criação de uma comissão de juristas para discutir as alterações a serem feitas na legislação, a exemplo do que já ocorrera durante a Assembléia Nacional Constituinte que resultou na Carta de 1988.

Para o deputado Chico Alencar, idéias sobre a reforma política não faltam.
- São 15 ou 20. Temos que escolher - afirmou.

Para a deputada Luiza Erundina, a coordenação da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular deve partir de um consenso, com a mobilização intensa dos partidos políticos, centrais sindicais e da mídia. Ela acredita que a frente pode "caminhar" com as comissões criadas pelo Senado e pela Câmara.


Já o juiz e diretor da AMB, Luiz Rocha, pediu "cautela" com a reforma do Código Eleitoral em andamento. Ele lembrou que participou de seis audiências públicas sobre o tema no Senado, mas considerou "restrito" o público presente ao debate.

Autor: Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

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