A SEMANA – LINCHAMENTOS, A SELVAGERIA NA ORDEM DO DIA
Laerte Braga
Os vídeos mostrando a execução de Muamar Gadaffi, líder líbio, colocam na ordem do dia a selvageria do capitalismo. A cultura da barbárie. Soam como advertência a líderes políticos que se oponham à ordem capitalista.
Os requintes de barbárie contra Gadaffi, seus filhos e membros de sua família foram planejados em seus mínimos detalhes pela OTAN, desde a visita de Hilary Clinton a países africanos defendendo execução sumária do líder.
O imenso poderio tecnológico dos EUA permitiu a localização de Gadaffi, serviu de orientação para a OTAN e feito o serviço de bombardeio, os “rebeldes” comandados por mercenários europeus e norte-americanos se encarregaram do resto, num deprimente espetáculo de violência e ódio estimulados pela mídia, hoje um dos braços mais importantes do terrorismo de Estado.
Julgar Gadaffi num tribunal internacional? Nem pensar. Iria revelar acordos e tratos feitos com líderes ocidentais e isso não interessa aos terroristas de Washington e Wall Street.
A Líbia entra no rol dos países recolonizados em pleno século XXI.
No Brasil o linchamento é mais suave. A mídia parte para cima do ministro dos Esportes Orlando Silva. O alvo é o governo Dilma Roussef. Sem pé e nem cabeça a oposição Demo/tucana tenta de tudo através de publicações como VEJA e redes como a GLOBO, acuar o governo de uma presidente menor que o cargo e retomar a chave do cofre para os “negócios”.
FHC através de seu instituto, o INSTITUTO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, pirâmide construída para o faraó da privatização e do entreguismo, deve sete milhões em recursos públicos ao Ministério da Cultura e ninguém fala no assunto. Calote e pronto. VEJA? Seria esperar demais, algo como um milagre, uma conversão como a de São Paulo e isso não existe nesses nossos tempos.
É dinheiro público para o culto a um presidente corrupto e comandado por potência estrangeira.
Por trás do linchamento do ministro dos Esportes um objetivo. Os “negócios” da Copa do Mundo. Não é um evento esportivo como em tempos passados, apenas um fabuloso negócio de bilhões de dólares e que, prevista para 2014 no Brasil, mexe com apetites da maior rede de tevê do País, a GLOBO, com toda a organização dos Marinhos – chefões da máfia midiática por aqui – associados a criminosos como Joseph Blatter, presidente da FIFA, Ricardo Teixeira, presidente da CBF (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL) e governadores e dirigentes esportivos ávidos de um baita lucro extra. E grandes empresas que controlam o esquema e fabricam a jabulani.
Dilma Roussef até agora não conseguiu atinar com a direção da biruta. É menor que o cargo, tem perfil de tecnocrata, mas não mete a mão no bolso de ninguém e muito menos em dinheiro público. Está sendo levada de roldão no curso de um processo brutal de mentiras e artimanhas de políticos de oposição, grandes empresas, bancos, FIFA, CBF, conglomerados internacionais, etc, etc.
Os bandidos de sempre.
Se Orlando Silva é culpado – não coloco minha mão no fogo – que se prove a culpa e pronto. Denúncias ao léu e sem substância, provas, partidas de figuras desqualificadas não têm sentido.
No âmbito do governo é muito mais grave a política do ministro das Comunicações Paulo Bernardo (que viaja de carona em aviões das teles) de entregar a Banda Larga a essas empresas/quadrilhas. A bem da verdade, qual grande empresa não é quadrilha?
Dilma paga o preço de alianças espúrias, legado do populismo lulista. Como não tem o charme de Lula, pode ir para o brejo. Ou cair nos braços da direita brasileira e se voltar contra o criador. Não tem estofo para enfrentar seus adversários, os reais, não essas capas de VEJA. VEJA é a parte que faz o trabalho sujo. Os chefões estão limpos e usam sabonetes que matam todos os germes para parecerem patriotas e alavancas do progresso, assim que nem Eike Batista, proprietário do governador Sérgio Cabral.
O royaltie do petróleo, outro drama da semana. O governador Sérgio Cabral diz a jornalistas que aposentados e pensionistas poderão ficar sem pagamentos com a divisão desses royalties entre todos os estados da Federação e a União. É a típica chantagem do menino de ouro de Eike Batista e amigo do Luciano Huck, o da casa ilegal legalizada pelo escritório da mulher do governador.
Esse tipo de apelação é costumeiro até que se deparam com reivindicações de aposentados, pensionistas, professores, tratados como marginais no processo político.
Cabral é a versão Garotinho do PMDB.
Mas tem mágica nesta semana que termina. O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, “comprou” um apartamento em Vitória, capital do seu estado, por 48 mil reais num dia e vendeu por dois milhões de reais no outro dia. Lavagem de dinheiro, propina. O fato foi bem antes da semana, mas veio a público com todas as letras agora.
O ex-governador é o mandante do assassinato de um juiz que cismou de investigar a corrupção no estado. O juiz Alexandre. É assim que o caso ficou conhecido em todo o Brasil.
São formas distintas de selvageria, de barbárie. Todas elas são filhotes do modelo político e econômico chamado capitalismo em sua versão neoliberal.
De forma velada, mas não tanto, a GLOBO vende o peixe que a transmissão dos jogos Pan Americanos pela RECORDE faz com se perca o impacto das vitórias de atletas brasileiros no México.
Não há diferença entre uma e outra. Duas máfias disputando o poder e é difícil escolher uma pior.
O pior mesmo é um vídeo da OAB – ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – apresentado por Alexandre Garcia. O vídeo fala da importância da OAB na luta pela democracia – é real essa importância, até fundamental –, pelas liberdades e garantia dos direitos individuais (o que também é real), mas Alexandre Garcia?
Antigo funcionário do Banco do Brasil levado para o Gabinete Militar da Presidência da República, com relevantes serviços prestados a ditadura no antigo SNI – SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES – e demitido a contragosto pelo presidente/idioditador João Batista Figueiredo por crime de assédio sexual, convenientemente abafado, mas nem por isso menos público.
Só pode ser nonsense.
O fato mais importante da semana foi sem dúvida a execução sumária de Gadaffi. Um deprimente espetáculo de selvageria patrocinado pelos norte-americanos e suas colônias européias, tudo pelo petróleo e pelo controle dos “negócios”.
Está disponível em vários canais da INTERNET para o gáudio dos robôs colonizados e desumanizados nos objetivos finais da sociedade do espetáculo.
Coluna semanas do BlogJuntos somos fortes.
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