domingo, 12 de fevereiro de 2012

Qual o futuro do PT, o partido que revolucionou a política no Brasil?


O PT completou 32 anos, muito diferente daquele que Lula criou, dentro do movimento sindical, nos idos de 1980. Eram outros tempos e o Brasil exigia democracia. Lula, um operário, transformou-se numa luz, cada vez mais forte, que o país enxergava, na direção de novos rumos, de mais justiça social, da diminuição do abismo entre ricos e pobres. Era, em síntese, a voz de uma democracia que precisávamos para recomeçar, depois da escuridão do um regime militar e da ditadura. Até chegar ao poder, o PT foi um brilho de esperança no imaginário dos brasileiros. Obrigou aos poderosos de plantão a rever conceitos, cobrou novos rumos nas políticas sociais, exigiu um duro combate à corrupção, foi voraz nas denúncias contra os que não cumpriam com suas funções públicas corretamente. Quem não era do PT, temia o PT, se escondia, tentava não ser atingido pelas duras lanças dos discursos arrasadores dos seus representantes. Mas daí, o PT chegou ao poder. Então...

Começou uma nova fase. Lula chegou à Presidência. Sabia que não conseguiria governar sem amplas alianças. Teve que mudar o discurso e se aliar a quem combatera durante anos a fio. Talvez por ingenuidade, imaginando que os políticos profissionais, acostumados a viver encastelados junto aos cofres públicos e deles arrancar tudo o que podiam, poderiam mudar, Lula não teve escolha. Se endurecesse, poderia levar o país a uma crise e até a coisas piores. Como não o fez, teve que abaixar a cabeça e conviver com essa amálgama de interesses. Lula conseguiu fazer o país avançar, tanto na economia como nas questões sociais. Seu duplo mandato levou o PT às alturas, mas hoje tão mesclado, tão misturado com gente que nada tem a ver com a filosofia inicial do partido, que já não se sabe mais quem é petista de raiz e quem está nele apenas para benefício próprio. O Brasil avançou muito com Lula e o PT, mas chegou agora num momento inusitado: não se sabe qual será seu rumo daqui para a frente. Terá que decidir, provavelmente: ou volta às suas raízes, ou se transforma em definitivo num partido igual aos que combateu lá no início, quando começou...

DITADURA

As graves estouram por todo o país. A bagunça começa a se institucionalizar. A quem interessa esse clima de terror, com as polícias ignorando ordens e alguns dos seus representantes se voltando para a população? Será que tudo isso é armação para prejudicar o governo de Dilma Rousseff? Ou será, como já aconteceu antes, a ante sala da derrubada da democracia? Tem gente torcendo para que fique pior. E vem fazendo de tudo para isso. Querem é mesmo a ditadura.

PT VERSUS HERMÍNIO

Nessa segunda, dia 13, a Justiça Eleitoral julga ação do diretório do PT rondoniense, que pede o mandato do agora presidente da Assembleia, José Hermínio Coelho, que foi eleito pela legenda, mas a trocou pelo PSD. Hermínio e a administração municipal petista estão em rota de colisão há meses. O Ministério Público Eleitoral, a princípio, teria considerada a troca de partido legal. O caso está na pauta do TRE para o início desta próxima semana.

MAIS GREVE

Em Rondônia, depois de uma longa greve dos policiais militares, agora é a vez dos professores. As propostas do governo não foram aceitas e tudo está se encaminhando para uma grande paralisação da categoria. Há, claro, razões importantes para que os professores exijam melhores salários. Mas é também claro o viés político da greve. Muitas lideranças gostariam que houvesse mais confusão e mais baderna. Não se sabe onde tudo isso vai parar.

PALANQUE

É incrível como a voracidade político-partidária se imiscui em tudo o que pode. Na eleição para novo reitor da Unir, onde se esperava uma campanha de alto nível, com debates de ideias e propostas (há local melhor do que uma Universidade para se dar lição de como uma campanha deve ser conduzida?), o que se vê é troca de ofensas, baixaria, pauleira pura. É que os reais interesses estão muito distante dos do mundo acadêmico. O buraco é mais embaixo. Literalmente.

PERGUNTINHA

O Congresso vai se apressar, de novo, para criar mais uma lei para anistiar policiais que participaram de atos de vandalismo e violência contra a população aterrorizada?

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