terça-feira, 16 de agosto de 2011

FINDES ( ES em AÇÃO) e a farra com os recursos do FAT para mega obra

FINDES ( ES em AÇÃO) e a farra com os recursos do FAT para mega obra ....O ES nao pode mais


Leia com atenção e descubra o porque que no Brasil não temos uma mão de obra especializada e com qualidade.

Andando por uma das mais importantes avenidas da cidade de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, uma obra no topo de um prédio, cuja foto segue, me chamou atenção pela sua grandiosidade.
Perguntei algumas pessoas que ali transitam diariamente o que seria aquela obra e recebi respostas com intenso deboche e algumas bastante inusitadas como descrevo a seguir:
Uma plataforma para lançamento de foguetes.
A construção do primeiro disco voador financiado pelo PAC.
Sem uma resposta concreta fiquei ali, parado, olhando para o topo do prédio, imaginando quanto de recursos financeiros precisaria e como alocar operários para tocar aquela gigantesca obra com mais 20 metros de altura, já que o empresariado reclama muito do governo por falta de mão de obra qualificada e falta de dinheiro para educação.
Muito curioso, fui investigar de quem seria o proprietário da tal obra e para minha surpresa a obra que tem um orçamento em torno de r$ 10.000.000,00 (Dez milhões reais) será um restaurante panorâmico giratório para satisfazer o ego de meia dúzia de diretores de FINDES – Federação da Indústria do Estado do Espírito Santo.
Quando descobri o custo e para qual finalidade seria aquela obra fiquei estarrecido e quase entrei em estado de choque, pois não conseguia acreditar que ainda tem gente neste BRASIL que aplica mal o dinheiro público (?) para satisfazer suas vaidades, não levando em conta que a finalidade do dinheiro recebido pelo FINDES é para ser aplicado em investimentos/desenvolvimento que atenda os anseios dos empresários do setor industrial do Estado do Espírito Santo, principalmente, nas pequenas indústrias.
Diante dos fatos, coloco algumas considerações e gostaria que alguém me respondesse, me dissesse que eu estou errado:

1- Toda vez que se fala em abaixar custo de mão de obra e desonerar a folha de pagamento de pessoal das empresas, para enfrentarmos a concorrência de produto da CHINA, se fala em tirar vantagens dos trabalhadores e não se mexe no percentual recolhido sobre o valor da folha de pagamento para beneficiar as associações classistas. Quantos destes recursos estão realmente chegando aos trabalhadores e nas pequenas empresas?

2- Se um empresário tirasse do próprio bolso um montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais ) para construir um restaurante em Vitória, uma cidade sem muita expressão para o turismo, em quanto tempo ele levaria para recuperar o dinheiro investido e quanto custaria um bife a cavalo?

3- Com Cr$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) dá para construir duas escola de ensino médio para atender a demanda de 3.600 alunos em 3 turnos, conforme foto a seguir. 
(Esta obra esteve parada por um ano na gestão do prefeito anterior e agora recente-mente voltou a ser construída, porém em um ritmo muito lento.)


Terá o setor empresarial, no futuro, coragem de vir a público para reclamar do governo da falta de qualificação de mão obra diante de tal absurdo? O que as lideranças sindicais patronais ou dos empregados tem a falar diante de tal fato?
4 - Não haveria uma possibilidade do Ministério Público e algum órgão fiscalizar os recursos destinados a estas associações? A sociedade não pediu a fiscalização externa do Judiciário? E não cabe aí uma CPI para reorganizar a aplicação desse dinheiro pra que ele realmente chegue ao trabalhador brasileiro e traga benefícios para pequenas indústrias? O que fazer?
5 - Há anos, ouço o empresariado reclamar do governo quando ele interfere no mercado. E agora, o que os empresários têm a dizer quando a FINDES, - Federação da Indústria do Estado do Espírito Santo - uma entidade criada para proteger os direitos empresariais, constrói um restaurante e que ameaça fechar inúmeros estabelecimentos similares na Capital por concorrência desleal, sem precedentes? Qual a opinião dos dirigentes do Sindibares – Sindicato de Bares e Restaurantes? Qual a posição da direção da Fecomércio, – Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo?
6- Com que autoridade e moral têm o empresariado, agora, para cobrar do governo redução do chamado “custo Brasil” com diminuição da carga tributária e aplicações melhores dos recursos públicos diante desta barbárie.

Foto do prédio:
No aguardo de uma resposta que possa apagar a minha indignação, aproveito para renovar minhas esperanças para que no futuro nossos lideres empresariais tenham mais discernimento, ao dirigir entidades de classes, com foco no desenvolvimento do nosso mercado e o fortalecimento do nosso país.
Atenciosamente,
Jorge Viana Lessa - jorgelessa@ –

Enviado por VITOR BUAIZ 

1 comments:


Genesis disse...
Cade as fotos, não consegui abrir!!!!será que "eles" ja tiraram do ar?? isso é uma vergonha!!cambada de gatunos do dinheiro do povo, que passa fome, muitas vezes sem teto, sem saude, para alimentar o dito ego, será que essas coisas não vão acabar nunca???porque o povo não acorda, como fez na Inglaterra da rainha??

Um comentário:

  1. Pois é, mais uma amostra do descaso e da farra que nossos governantes fazem com o dinheiro público. Por isso que, concordo com o fato de que devemos ir para as ruas mesmo, fazer barulho, e se precisar entrar em confront pois, não somos baderneiros, apenas precisamos mostrar ao governo nossa indignação e só dessa forma eles conseguem enxergar (vide oriente médio). Tem uma frase que resume isso: "No pain, no gain".

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