domingo, 20 de maio de 2012

Balanço coletivo sobre a manifestação dia 17/05

Balanço coletivo sobre a manifestação dia 17/05

tc1705Compas, acho importante que todos nós coloquemos nossas opiniões , e começo :
Uma primeira análise, que submeto aos companheiros para que possamos fazer um debate em torno do protesto de quinta-feira, vai aqui.

Atingimos um objetivo, o de despertar parcelas ponderáveis da chamada sociedade civil organizada para o ato. Fomos capazes de promovê-lo com palavras e ações consequentes, refletindo a vontade do povo de nosso estado, de nossa capital, de uma profunda mudança nas estruturas políticas, econômicas e sociais para além do Espírito Santo.

Foi um ato sem donos, dirigido às instâncias responsáveis pela fiscalização e pelo julgamento de atos do Poder Público e isso tem fundamental importância, pois o dono real das nossas vontades é aquilo que somos, cidadãos, parte desse grande povo do Espírito Santo. Grande e sofrido ao longo dos últimos anos.

Não foi uma manifestação estrondosa no sentido de presença, mas foi viva, acima da nossa expectativa - a apatia dos setores populares é visível, são anos a fio de chicote de mídia e forças do Poder Pública, mentiras, etc -, viva o suficiente para trazer à Praça autoridades que se comprometeram com o movimento e seus objetivos e uma pessoa que lamentavelmente veio a falecer, mas nos deixa o exemplo  da coragem e da dignidade, D. Cremilda Fernandes. Deve ser o símbolo da nossa luta. A cidadão indignada com a barbárie - em todos os sentidos, barbárie nem sempre é só física - promovida pelos últimos governantes e políticos que temos.

Não se trata, isso ficou claro, de um movimento a favor desse ou daquele partido, contra esse ou aquele partido, mas de um movimento pelo resgate da PARTICIPAÇÃO POPULAR como instrumento de construção de uma sociedade alternativa e ficou claro que isso é possível.

É preciso agora incorporar mais forças do movimento sindical (muitos estiveram presentes dando lição de sindicalismo), do movimento popular, dos partidos comprometidos com programas populares, acima de pessoas e interesses eleitoreiros, enfim, agregar forças capazes de despertar no cidadão a consciência que a luta é necessária e democracia se faz com participação popular. A um povo anestesiado diariamente pela mídia hipócrita e que serve a interesses das elites políticas e econômicas, como vimos agora no caso CACHOEIRA/VEJA/GLOBO, essa a nossa direção, o sentido do movimento.

D. Cremilda um símbolo? É claro. Uma professora cheia de dignidade e de indignação contra os desmandos praticados pelo Poder Público, sai de sua casa, aos 72 anos de idade e vem às ruas dar lição de luta, falece, provavelmente na emoção dessa luta, mas também, pelos anos de expectativa que um dia o sol nascerá.

Que exemplo maior ou melhor poderíamos ter?

Não podemos ter preconceitos e devemos incorporar os lutadores sinceros venham de qualquer canto. Precisamos chegar às comunidades, direcionar nossas manifestações para locais diversos nesse sentido, despertar a indignação contida no peito de cada cidadão vilependiado pelo Poder Público e mostrar-lhes o caminho da luta, como fez D. Cremilda com o motorista de táxi que a levou ao local do protesto. Conscientizou-o da realidade.

Esse é o desafio, a certeza que a luta por mudanças é nas ruas e a convicção que essa mudança está no choque de realidade, de consciência que temos o dever de transmitir a todos.

Não somos partidos, não temos pretensões eleitorais, não misturamos essas realidades, mas agregamos. Somos o povo em marcha e para que assim continue a ser é necessário que façamos uma reflexão sobre o ato de quinta-feira para avançarmos mais e mais naquilo que desejamos. O ato foi o início de algo que poder ser grande, muito grande e trazer uma nova manhã para o Espírito Santo, tanto quanto, servir de exemplo, de farol, para todo o País. Somos um estado de dimensões territoriais pequenas, mas somos grandes na nossa história e determinação.

Temos apenas que continuar a despertar as lembranças da história e a determinação de cidadão.

Penso que, neste momento, passado o impacto do ato, a tristeza da morte de D. Cremilda, refletir sobre o que fomos capazes de fazer e começar a construir o próximo passo. Manifestações em bairros da capital, panfletagem, conscientização, convocação à luta.

É importante nesse processo a participação de sindicatos, movimento popular e movimento estudantil que renasce no pós ditadura com força, coragem e garra que sempre teve em todos os momentos e em todos os cantos do Brasil.

Essas reflexoes estão abrindo o caminho para um debate sobre os novos passos, é isso que estou propondo.

Um abraço companheiros. 
Nanda Tardin
PS: 
1
pedirei para juntarem a estes endereços de mail os mails da FAMOPES ( Moura), Prof. Renato, Roberto Belling, dentre outros que estiveram lá enquanto lideranças e não estou identificando. Juntos em UM somos fortes.

 2 socializando fotos: https://plus.google.com/u/0/photos/100097227079132327375/albums/5743918226804194721/5743930066558506514
3 sobre Cremilda:  http://juntosomos-fortes.blogspot.com.br/2012/05/nenhum-carro-vale-uma-vida-humana.html,  sobre Precatórios:Lote de Precatório desaparecido sem qq explicação . Como mostra a imagem, o lote de precatórios de nº: 2000.2000.0150, processo nº2418/90 lote 100.950.010.056 ganho por Professores estaduais que representaram via Sindicato dos Professores do ES.

Nenhum comentário:

Postar um comentário