quarta-feira, 9 de maio de 2012

QUE ESQUERDA temos e que esquerda PODEMOS.

MINHA RESPOSTA AO ARTIGO DO CELSO LUNGARETTI REPOSTADO NO BLOG DO LUIZ APARECIDO SOB O TÍTULO:

"Partidos de esquerda vivem um dilema que precisa ser resolvido logo! REFORMA OU REVOLUÇÃO?" - 8 Maio, 2012

www.luizap.blogspot.com
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PARINDO O NOVO PARADIGMA

Marcos Rebello

A era das revoluções passou, e com ela passou tambem a radicalização das esquerdas por fraqueza moral. Por fim deram-se conta que não era mais possivel exigir uma Reforma Politica por dois motivos: um que é absolutamente impossivel distribuir bens economicos sem levar em conta quem produz a plus valia, e outra que, mesmo fazendo uma Reforma Politica sem mexer nos fundamentos economicos essa reforma não tem condições de se sustentar. Ou seja, o alinhavado politico-economico obrigatoriamente tem que ser modificado na raiz financeira para ao mesmo tempo eliminar a supremacia de uma classe baseada no roubo institucionalizado porque sancionado na economia politica, e embasar uma nova politica economica que tenha fundamentos filosoficos universais. Estes fundamentos obrigatoriamente tem que remunerar o criador da plus valia, porque de outra maneira o vagabundo improdutivo continua vivendo às custas de quem produz: seja um banqueiro, seja um boêmio saltimbanco. A esquerda não sabe resolver isso.

A esquerda, pobre, burla os princípios universais da integridade do individuo e do corpo social porque não se deu conta da necessidade de ir fundo nos princípios filosoficos. Estes, sustentam tanto o individuo na sua integridade, como o economico, porque um é o produto do outro. O social é apenas a consequencia de individuos, sadios ou torpes. A esquerda prefere sucumbir na degradação humana oferecendo ao social direitos inquestionavelmente de baixeza humana para assegurar o poder. E fazer disso o que? Enriquecimento de uma nova classe politica que, no evento de assegurarem o poder por um tempo indefinido fará uma distribuição de renda mais equitativa. Isso não é evolução. É uma troca de classes no poder oferecendo esmola enquanto os fundamentos filosofico-politicos e politico-economicos são mantidos absolutamente intocaveis. Reforma Tributária e Reforma Fiscal qualquer mequetrefe faz, estando no poder. Aliás, é uma obrigatoriedade para dizer que faz alguma coisa. Socialismo, então, é puro consumismo. É inchasso socio-economico.

A crise financeira atual está gritantemente apontando para a base do problema filosofico, politico e economico que está na constituição dos Bancos Centrais. A base monetária vigente, espelho da entropia, falsifica tanto a criação, como manutenção e a troca de valores que são o alicerce de qualquer sociedade. O resultado é o aviltamento da moral e do valor humano na sua capacidade de criar, sustentar-se, estabelecer paridades de troca e, daí, estruturar todo o processo de formação politica da sociedade. O resto é consequencia.

Logo, as revoluções do seculo XVIII tiveram vida curtíssima, tanto a francesa quanto a norteamericana, porque implodiram em poucos anos. Das duas ficou apenas a fachada. Já o marxismo no sec. XIX veio para, senão proporcionar um amortecedor ao choque financeiro-capitalista, criar um contraponto, oferecendo assim um desafio ao capitalismo que, todos deveriam saber, vive de guerras e conflitos para aumentar as dívidas públicas e campos arrasados carentes de reconstrução. Esse é o quadro mundial desde sempre e não será o materialismo dialético que irá explicar ou consertá-lo. O amortecedor, então, está cansado! Mas eis que ainda proporciona a dialética politica atual que cria partidos politicos para distrair aqueles que deveriam se ocupar da base do problema.

A dialética capitalismo x socialismo está MORTA!

Entramos em outra faze historica que ainda está para ser equacionada à contento. Todos os elementos estão disponiveis. Basta encontrá-los, juntar o quebra-cabeças e propor uma nova solução.

O Bretton Woods está morto há decadas; o padrão ouro idem; o monetarismo baseado no fiat tampouco está resolvendo o problema porque as massivas injeções de dolares e euros no mercado alem de teorética e comprovadamente povocar um ciclo hiperinflacionário global está sendo uma exigencia pela manutenção de poder politico. Pergunta-se: tem por acaso a esquerda uma solução para esse problema sem sucumbir aos mesmos emissores de crédito? Não!!! E que autoridade possui ou foi delegada a essa classe politica emissora de crédito para acumular para si (e para os seus) tal montanha de "valores" sem lastro em produção economica ou ouro redimivel por valor de face? Nenhuma!!!

Os Reis estão nús, ambos exigindo esmola, suas coroas são de lata, e ninguem enxerga.
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