'Relatório da Justiça coloca sob suspeita construção de presídios durante governo Hartung'
'Relatório da Justiça coloca sob suspeita construção de presídios durante governo Hartung'
'Licitações dirigidas: documento aponta esquema de lavagem de dinheiro e
desvio de recursos na construção de 23 presídios no ES. Cada um custou
R$ 22 milhões'
Urgente: 'Relatório da Justiça coloca sob suspeita construção de presídios durante governo Hartung'
'BRASÍLIA - AGÊNCIA CONGRESSO - O relatório assinado pelo presidente do
TJES, Pedro Valls Feu Rosa, sobre a operação \"Lee Oswald\" da Polícia
Federal aponta um esquema \"de lavagem de dinheiro, desvios de recursos e
favorecimentos a amigos na construção de presídios, com licitações
dirigidas\", revela o documento, se referindo ao governo anterior.
De acordo com o relatório, a \"Moeda de Troca funcionava bem no ES.
Enquanto o estado detém índices de criminalidade entre os maiores do
país, verbas que deveriam ser destinadas para resolver esta importante
função são desviadas imoralmente\".
\"Foram construídos 23
presídios no estado, geralmente em locais ermos, em terrenos sem nenhuma
infra-estrutura, pagos a valores superfaturados\".
A empresa
DM Construções ganhou a maior parte das licitações, cada presídio custou
em média R$ 22 milhões. De acordo com a denúncia \"o estado fez um
contrato obscuro com o Inap (Instituto Nacional de Administração
Prisional), empresa paranaense, pioneira na terceirização de presídios.
O homem forte desse esquema é o coronel José Nivaldo Campos Vieira,
sócio do também coronel Pedro Delfino da SEI - Segurança e Inteligência,
que oferece consultoria ao Inap.\"
\"Outro personagem é o
coronel do Exército, José Otávio Gonçalves, que foi Subsecretário da
Assuntos do Sistema Penal até maio de 2010, saiu e foi ser consultor da
Reviver, que ganhou licitação para a Penitenciária de São Mateus. A
reviver tem processo de tortura e maus tratos a presos e foi denunciada
por corrupção em Serrinha, no interior da Bahia\".
De acordo
com o documento \"relatórios técnicos internos denunciando que as
terceirizadas não estão cumprindo os seus contratos são desconsideradas
pela Secretaria de Justiça\"
De acordo com a PF, \"a licitação para Penitenciária de São Mateus, aberta em maio de 2010, contém elementos estranhos.
O contrato deveria ter valor máximo mensal de R$ 1,4 milhão, apenas a
Monte Sinos, o Inap e a Reviver participaram da licitação. A Reviver
apresentou proposta de R$ 1,139 milhão, pouco mais de R$ 1 mil abaixo do
teto.
Curiosamente, a Monte Sinos e o Inap apresentaram
propostas acima do teto. Foram desclassificadas e a Reviver levou o
contrato de mais de R$ 13 milhões anuais\".
O Inap inaugurou a
modalidade de terceirização dos presídios em 2005, com dispensa de
licitação. De prorrogações em prorrogações, licitações dirigidas, o Inap
tem os presídios garantidos até 2012.
Outra curiosidade
apontada \"no vídeo promocional do Inap, em 2007, participam o
secretário de Justiça, Ângelo Roncalli, o deputado estadual e presidente
da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, Josias da Vitória, e
até a juíza de Execuções Penais de Colatina, Simone Spalenza.
Relatórios apontam que os contratos não são cumpridos com
regularidade\".
Todas as informações constam no documento de 201 páginas do TJES '
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